Fibras naturais
Foto via @casamind
As principais diferenças entre os tipos de fibras naturais são as plantas e regiões que dão origem a cada uma delas, o tipo de tratamento que elas recebem para serem aplicadas nos móveis e artefatos e a forma como elas são aplicadas neles (trama, amarração, estrutura etc).
Segue abaixo um pequeno resumo dos principais tipos:
APUÍ – é uma planta amazônica, comumente chamada de cipó. Por ser uma fibra rígida é usada na estrutura dos móveis, normalmente amarrada com o rattan ou junco, diferente da maioria das outras fibras, que são aplicadas nos móveis em forma de trama.
JUNCO – Existem cerca de 3000 espécies de junco. Plantas típicas de terrenos alagadiços, a mais usada no Brasil é a Heteropsis Spruceana, retiradas da selva amazônica. Usado em forma de trama, ele é uma fibra extremamente forte e resistente. É a mais usada na fabricação de móveis e objetos.
PALHA – a mais comum de todas, é usada não somente em móveis, mas em diversos objetos também, em forma de tramas. Isso porque a palha não vem exatamente de uma planta específica. A fibra é feita com a folha seca das plantas gramíneas, então sua variedade de tramas, espessuras, aplicações vai depender da planta que foi usada.
A TABOA também se encaixa aqui, por ser um tipo de palha muito usado em móveis e artesanatos. Ela é originada por uma planta aquática, típica de brejos que cresce nas margens de lagos.
VIME – as plantas que originam o vime são do gênero Salix (Salgueiro / Chorão), plantas que gostam de solo úmido e temperaturas mais baixas. Sua maioria se encontra em regiões da África do Sul, Ásia, Europa e sul do Brasil. As características dos artefatos feitos de vime são resistência e leveza, por isso ele é utilizado por exemplo, na confecção dos cestos de balões, “moisés” para carregar bebês e cestos de piquenique, entre outras peças. Usa-se artefatos de vime desde tempos muito remotos.
RATTAN – é originário de uma planta da Ásia e da Oceania, a Callamus rotang, rotim em português. Ele é usado em forma de trama, tem o aspecto bem parecido com o tramado do junco, por esse motivo, aqui no Brasil, muitas vezes é chamado de junco ou até de vime. Da família dos bambus, o rattan também pode ser usado na estrutura dos móveis quando estiver na fase adulta.
MALACCA – muitas vezes chamado de Rattan, pois a planta que origina essa fibra é a Callamus scipionium, parecido com o nome científico do rotin, porém quando aplicados em móveis, ficam com visuais completamente diferentes. Também é da família dos bambus, originária da Ásia.
CANA-DA-ÍNDIA – assim como o apuí, a cana-da-índia por ser robusta, é usada na estrutura dos móveis, misturadas com outras fibras para revestir e amarrar. Ela também é uma espécie de bambu típica de climas tropicais, Canna indica, mas com caules bem robustos e de tamanhos uniformes. Os móveis feitos com a cana-da-índia são extremamente resistentes e duráveis, se conservados do modo certo. Estiveram em alta na década de 70.
SISAL – é uma corda feita da fibra das folhas da Agave sisalana, planta originária do México e encontrada aqui no Brasil, na Bahia e Paraíba. Com essa corda é possível fazer tapetes e carpetes. Muitas vezes em tramas com outras fibras, como lã, algodão ou cordão de couro.
Existe a fibra de sisal sintético cuja a trama fica muito parecida com a natural, mas o material é visivelmente diferente. Serve como opção para quem gosta de mais praticidade aliada a beleza.
Fonte: https://www.faaza.com.br/geral/tipos-de-fibra-natural-existentes-no-mercado/
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